quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ah... Paris!

Olás!

Vou começar aqui a dar uma bela esmiuçada nos meus destinos de lua-de-mel: Paris, Roma, Florença, Veneza (e, de quebra, Assis e Pisa). Tanta gente me pede tantas dicas desses lugares, que achei interessante dividir aqui. Na verdade, foi esse um dos motivos que me inspirou a começar o blog.

Então, deixa de lero, que o negócio é começar logo a falar do que interessa: PARIS!!! Ah... Paris... Lune de miel... l’amour.............

Abajour soutien garçon ratatouille. Porque de glamourosa a minha chegada só teve o destino mesmo. Eu com a camisa toda mijada (pode falar isso na blogosfera?) e a Nanda com quilos de algodão no pé e andando parecendo que estava de fralda cheia. O meu problema se deu ao fato de ter viajado de BH para o Rio, onde fizemos a conexão, carregando o Bernardo, de 1 ano, filho dos nossos amigos Fê e Bruno, do Rio, que voltavam do nosso casamento para casa. Carreguei ele dormindo a viagem toda, e ele, agradecido que estava, quis me deixar uma lembrancinha para levar para Paris. Já a Nanda estava toda-toda! Ah... Paris... Lune de miel... l’amour... tinha que ir bem chique! Tacou um saltão no pé e aí encarou 1 hora de carro de BH a Confins, 3 horas de espera lá, 45 minutos de voo até o Rio, 4 horas de conexão e mais 11 até Paris. Já na conexão o pé parecia um pão gigante, desses típicos do Cupim, na BR-040. No final, andar para ela era uma tarefa tão complexa quanto para o Bernardo. Ainda tentamos comprar uma havaiana nas lojas do Rio, mas só achávamos tamanho 34 ou 38. Nada entre isso. E ela calça 36. Parecia um complô para ensinar a viajantes inexperientes que viagem longa é com calçado confortável.

Uma vez em Paris, a primeira coisa a se fazer ao chegar no aeroporto (além da peneira da imigração, é claro!) é comprar um Paris Museum Pass. Depois vou fazer um post mais detalhado sobre essa maravilha. Mas já anote aí como sua primeira obrigação.

Depois disso, é chegar ao hotel. E para isso existem várias formas, como se pode verificar AQUI. Você pode ir de táxi (fria!), trem + metrô, ônibus + táxi, ônibus + metrô. Esse site aí em cima é dos aeroportos de Paris e ensina direitinho (tanto do Charles de Gaulle quanto do Orly). Acho que tudo de táxi é caro demais, e trem + metrô não é digno depois de bater horas e horas de vôo, cheio de malas. Acho que a chegada à cidade merece uma pequena regalia. Optei por ônibus executivo + táxi. É só escolher a linha que te deixa mais próximo ao seu hotel e pegar um táxi para terminar o trajeto.

Como meu hotel era próximo à Tour Eiffel, achei a melhor opção pegar a Linha 4 do ônibus da Air France (não precisa ser passageiro da Air France para pegá-lo). Esse ônibus da linha 4 passa bem na porta de entrada de alguns terminais do Charles de Gaulle (o meu era o 2C), mas é do lado de fora mesmo. Não tem um guichê ou algo do tipo não. Então você sai do aeroporto com suas malas, espera no "ponto", ele chega, você entra e paga lá dentro. No guichê de informações do aeroporto eles explicam direitinho onde fica o "ponto". Custa 16,50 euros por pessoa (mas se comprar já com o trajeto de ida e volta, é 27). Crianças pagam 8 e bebês (até 2 anos) não pagam. Grupos de 4 passageiros ou mais têm desconto de 15%. O ônibus passa a cada 30 minutos das 6h às 22h e para na Gare de Lyon e na Gare Montparnasse (grandes estações centrais).


A chegada glamourosa e a espera pelo ônibus


Uma vez tendo chegado à estação que for mais interessante para você, pegue um táxi para o hotel. O meu táxi da Montparnasse até o hotel perto da Tour Eiffel ficou em míseros 6 euros. E ainda rendeu uma cena de filme pastelão. Ao entrar no táxi, perguntei ao motorista naquela frase padrão (e fundamental para ser bem recebido em Paris): “Bon soir. Je ne parle pas français. Do you speak English?” E ele, seco: “Non”. E mais: não era um francês. Era um africano imigrante. O que jogava por terra toda e qualquer tentativa minha de entender o francês dele com meu aprofundado estudo via Guia Folha de São Paulo. Arrisquei: “Português?” Ele só me olhou de lado. Saco! Emburrei e falei com ele: “Ibí Rotéi, Ru Cambrrrron, dê!” Quis dizer: Hotel Íbis, Rua Cambrone, dois. E lá foi ele. De vez em quando ele falava alguma coisa em francês, e eu dava aquele sorriso simpático de quem não entendeu bulhufas. Passava um tempo, ele falava de novo e eu :) Até que em determinado ponto ele foi se alterando e me perguntava coisas insistentemente num francês macarrônico, e eu pfffffff.... nada. “non parlé, non parlé”. Daí ele começou a berrar francês macarrônico, gesticulando, quase se esperneando. E a Nanda, no banco de trás, se danava de rir. E me dizia em português claríssimo: “esse cara acha que já que você não entende francês falado, quem sabe entende francês gritado!”. E assim ela ia se divertindo com meu perrengue. Até que meus hábeis ouvidos multilinguísticos captaram uma palavra solta no chilique do maluco: “NU-ME-RRÔ”! Numerrô? Número! Número! Daí fui bem claro, empunhei dois dedos bem abertos e repeti em claro e bom francês: “deux, deux, deux”. Ele se acalmou e me deixou bem na porta do hotel. Pô! Na minha instrução inicial já tinha dito o “dê”, gastando boa parte do que eu tinha treinado para falar em francês, uai! Dica: leve o endereço e o nome do hotel anotados. É melhor do que confiar no seu francês inexistente.

A favor de Paris, conta o fato de que esse foi o único cidadão que não conversou em inglês comigo. A famosa lenda de que os franceses se recusam a falar inglês não funcionou pra mim. Como descrito acima, basta vocês sempre introduzir o assunto em francês: "Bon Jour", se for de manhã; "Bon Soir", se for de tarde ou noite (pronuncia-se Bon Jur e Bon Suá, ou "é bom suar", na tradução livre da Nanda). E depois a frase-chave: "Je ne parle pas français" (jê nê parlê pá frrrancê), que significa eu não falo francês. Daí você manda "do you speak English?". Fora com o maluco do táxi, funcionou em todas as ocasiões. Desde a barraquinha de crepe até os guichês do metrô. E o dono da quitanda ao lado do hotel falava português! Maravilha!

Sobre o hotel falarei depois, num post mais específico sobre hotéis. Mas a última dica relacionada à chegada em Paris, é sobre um passeio que acho que é na medida para o primeiro dia. Primeiro dia é assim: você já bateu 11 horas de vôo, talvez já tenha dado uma boa mofada em aeroportos por causa de conexões e tempo de espera do check-in, está com 3, 4 ou 5 horas de fuso nas costas (varia de acordo com os horários de verão de cada lugar), já empurrou mala, subiu em ônibus, táxi, metrô... ou seja, está saindo de uma verdadeira maratona. Daí você chega no hotel, toma um banho, come alguma coisa (ali mesmo ou por perto) e não sobra ânimo para bater um LERÊ. Mas eis que surge um passeio no seu número: o passeio de Bateaux Mouche! Dica do meu amigo Lombardi. O nome ficou famoso aqui no Brasil por causa da tragédia de um barco com o mesmo nome que naufragou no Rio no réveillon de 88 para 89. Mas lá é o nome dado para os barquinhos que fazem um city tour pelas atrações às margens do Rio Sena. É interessante porque você tem uma visão geral de Paris, com suas principais atrações, antes de visitá-las de forma mais detalhada. E mais: faz isso sentado, descansando um pouco. Algumas das companhias que fazem isso são a Bateaux Parisiens, a Vedettes Du Pont Neuf, a Bateaux Mouche. Visite os sites para ver mais detalhes sobre o passeio, mas algumas informações eu já adianto: as partidas são a cada 30 minutos, das 10h às 22h30. Pode-se sair da Tour Eiffel ou da Notre Dame. Na verdade, não sai exatamente da Tour Eiffel (ou da Notre Dame), mas de um píer no Sena logo abaixo delas. Basta chegar à beira do rio e ver a escadinha de acesso para baixo. Inclusive, lá embaixo há o stand dessa companhia e de diversas outras por ali. É só chegar e comprar o ticket para a próxima partida. O trajeto costuma passar pelos seguintes monumentos: Museu do Louvre, Royal Bridge, Museu d’Orsay, Jardin dês Tuilleries, Concorde Bridge, Ponte Alexandre III, Palácio Chaillot, Torre Eiffel, Ponte dês Invalides, Carrousel Arc e Carrousel Bridge.


A Tour Eiffel vista de dentro do barco

A Notre Dame do barco

A Nanda curtindo o tour pelo Sena


Então é isso! Logo logo volto com mais posts sobre hotéis, passeios, transportes, etc em Paris. Enquanto isso, seguem as informações básicas de Paris:


- Dois sites imprescindíveis:
Viaje na Viagem - da maior autoridade em viagens conhecida no Brasil, Ricardo Freire. Não dá para programar uma viagem para qualquer lugar do mundo sem passar por aqui. O link aí leva direto para a página dele sobre Paris.
Conexão Paris - é o site da Maria Lina, brasileira radicada em paris que dá todas as dicas fundamentais, mainstream e underground de Paris. Dá para perder dias navegando aqui.
- Fuso horário: 4 horas à frente. Mas no nosso horário de verão, são 3; no deles (abr-out), são 5.
- Voltagem: 220V. Vale levar um adaptador de tomadas também para seus aparelhos no padrãoamericano, que é o de dois risquinhos . Porque lá o padrão é o de dois pinos (bolinhas).

- Alguns telefones:
Embaixada brasileira: 01 45 61 63 00 (endereço: 34, Cours Albert - 1er)
Banco do brasil: 01 40 53 55 00
SAMU: 15

- Horários:
Bancos - 8h30 às 16h30
Comércio - 9h às 19h
Mercearias - até 23h

- Em Paris pode-se beber a água da torneira à vontade. Inclusive há uma lei que obriga os estabelecimentos de alimentação (restaurantes, bares, bistrôs) a fornecerem gratuitamente água da torneira para seus clientes. Basta pedir: "une carrafe d'eau, s'il vous plait". Pronuncia-se: "an carraf dê, sil vu plê". Significa "uma garrafa d'água, por favor".


Bon Voyage!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ó nóis aqui traveis!




Olás! Depois de alguns meses fora do blog, agora estou de volta. A ausência é mais do que justificada, uma vez que após os posts iniciais sobre o Vila Galé em Cabo de Santo Agostinho, entramos na reta final da gravidez, com zil coisas para resolver. Daí em novembro a Nina nasceu e aí vem aquele período em que conseguir tempo para comer e tomar banho é luxo dos maiores. Depois disso fomos para BH e voltamos há duas semanas. Agora, sim, deu para deixar tudo na mais perfeita ordem e resolver tocar esse projeto do blog. Enfim... o post é só para dizer que, após 4 meses, o blog está na ativa novamente. E já, já vou começar uma série esmiuçando toda a viagem da minha lua-de-mel, feita há um ano e meio, para Paris, Roma, Florença e Veneza.


Não percam!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escapada de fim se semana (Vila Galé, Pernambuco) - Parte 3


... agora o Finale Season do Vila Galé.

No domingo e na segunda tudo se repetiu: a comida - boa, farta e variada -, os doces cenográficos, a hidroginástica da Nanda, a minha rotina quarto-comida-bebida-piscina-comida-bebida-comida-comida-comida. E, claro, a paradeira noturna. Aquilo me incomodou. Nem uma stand-up (isso aí é oportunidade de mercado, hein, Chris?!), nem uma musiquinha ao vivo, nem sequer uma musiquinha mecânica à beira da piscina acompanhada de um rega-bofe. Nada! Só a boate-fantasma. Chegamos à porta de novo para ter certeza, mas novamente, só umas 3 pessoas (alguém deve ter falado Beetle Juice três vezes em outra parte do hotel, para arrumar alguma diversão).


A boate bombando!

Mas não era isso que poderia me abater (talvez o cheiro do feijão em casa pudesse, mas a monotonia noturna do hotel, não!). Afinal, o objetivo da viagem era descansar. E comer. E beber. E isso tudo estava sendo plenamente atendido (com exceção da sexta-feira temática, a Building Night no lobby). Que vontade de arrancar a orelha daquele gerente português e colocar junto com a do Evander Hollyfield. Enfim... foco. Fizemos, então, na segunda, uma noite remember, jogando adedanha (também conhecidos como stop ou adedonha – argh! – em outros cantos do país), forca e afins. Foi, de verdade, uma diversão!

Vale contar também os eventos fora da rotina que se deram nesses dias: no sábado a gente resolveu explorar a região e fomos andando pela praia até chegar à vila local, que uns dizem se chamar Suape e outros Paraíso. Enfim, o fato era que Suape não era bem um paraíso. Na pracinha principal tinha uns três trios elétricos disputando quem tocava mais alto o jingle de seu candidato a Deputado Estadual, e as lojinhas de artesanato local estavam fechadas. No domingo acompanhei a seleção celeste bater o Avaí e colar de vez nos líderes Fluminense e Corinthians. No rádio dos líderes podia-se ouvir: “O Cruzeiro está mais rápido que vocês. Confirmam que entenderam a mensagem?” Na segunda, a gente ficou conhecendo a Catarina, uma bebê linda e simpática, de 7 meses, que parecia movida a pilha. Passava o dia inteiro na piscina com o pai (dia inteiro mesmo!!!). E à noite, na hora do jantar, estava lá, espertona! Impressionante! Nina, vê se dorme ao menos um cadinho, hein?!

Na terça era nosso dia de ir embora, mas o voo era somente às 17h20, então só precisávamos sair do hotel por volta das 15h. Entretanto, o check-out era às 12h. Ainda na segunda à noite conversamos com o pessoal do hotel e eles acabaram liberando a gente de ficar até as 15h. Não sei se é uma prática corriqueira ou se era um prêmio por termos sido os últimos hóspedes dos quartos próximos ao lobby a resistir à batucada de sexta à noite. Talvez fosse algum tipo de promoção ou concurso. Sei lá! O fato era que nossa ida à piscina e à praia da terça estava mantida! Maravilha! Exceto por um pequeno detalhe percebido no despertar da terça: chuva. E frio. Eita! Mas tá bom demais! Já havíamos tido 4 dias de muito sol. Não dava para reclamar disso. Mas bem que a turma da animação poderia ter usado um pouquinho da imaginação. Afinal, com todo mundo amuado no café, o alto-falante continuava anunciando, como todos os dias: “Hoje, ás 9h, caminhada ecológica; às 10h30, vôlei de praia; às 11h30, hidroginástica; às 16h, futebol; às 17h, aula de dança”. Uai! Esse povo tá cego ou o quê? Quem, em sã consciência, vai fazer caminhada ecológica debaixo desse pé d’água? Ou jogar vôlei? Fazer hidro nesse frio e nesse vento danado? Povo maluco, sô! Pega uns baralhos e faz um campeonato de truco, de buraco, de purrinha (é assim que escreve isso?); junta todo mundo numa fogueira pra cantar kumbayá; ou então, sei lá, chama o Beetle Juice para fazer mímica. O fato é que eu e a Nanda trocamos o nosso sol prometido na piscina por mais uma sessão de adedanha e forca na sala de televisão do hotel.

Por fim, completamente descansados e alimentados, voltamos para o nosso amado lar. E adivinhem: o feijão estava lá! Intacto. Sem animais – catalogados ou não – e sem a fumacinha. O cheiro nós nem testamos. Jogamos ele fora com vasilha e tudo. Melhor assim. Vai que a gente abre e o Beetle Juice aparece ali?!

O hóspede mais frequente da boate do hotel!


VILA GALÉ ECO RESORT & SPA, CABO DE SANTO AGOSTINHO
Data: 10 a 14/09/2010
Valor da diária no Hoteis.com: R$ 430, para o casal, sistema All-Inclusive

Notas de 1 a 10:Quarto: 7
Alimentação: 8
Animação: 5
Estrutura do Hotel: 9
Staff: 8
Gerente português: 2



Em breve mais uma viagem, dica ou algo do tipo, aqui, nesse mesmo bat-espaço!
Veja também as partes 1 e 2 dessa aventura:
Vila Galé parte 2

Bon Voyage!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Escapada de fim se semana (Vila Galé, Pernambuco) - Parte 2

... continuando a saga do Vila Galé.

Bom, para nosso alívio, a partir do dia seguinte, realmente a calma se instalou no hotel. A piscina e a praia faziam o conjunto perfeito. E a população do hotel também era super bacana. Cerca de 3 grávidas por metro quadrado. E 8 bebês. Pensem só como não nos sentimos super identificados. Mas também a estrutura parece ter sido montada para isso. Você fica ali, de pernas pro ar o dia inteiro, sem se preocupar. É um ímã para grávidas e bebês de colo aquilo ali.


A praia é dentro do hotel. Nem tem esse negócio de descer uma escada para chegar até ela não. É dentro mesmo. Você está andando pelo hotel e de repente está com areia nos pés e barracas com espreguiçadeira. É só sentar ali e curtir a brisa do mar. E o mar é bem calmo e tranqüilo. Reveza horários de maré bem rasa com maré bem cheia durante o dia (horário este que muda em 45 minutos a cada dia, conforme me explicou o Ric Freire), mas sempre o mar sem ondas e com água quente. E já tinham me dito que praia de resort geralmente é fraca, porque o resort tem que se instalar nas praias que ainda estão sobrando. As melhores já estão sempre ocupadas. Mas essa eu achei boa de verdade.

Durante o dia todo também há atividades para entretenimento, o que é legal, pois, caso contrário, em 2 dias você já está cansado da rotina básica quarto-comida-piscina-bebida-areia-mar (ou não!). O fato é que sempre havia caminhada ecológica, vôlei de praia, hidroginástica, futebol e aula de dança. Cada qual no seu mesmo bat-horário. A Nanda se aventurou na hidroginástica, como se vê AQUI. Eu estava mais para o pique da rotina básica mesmo. Com destaque especial para a parte da comida e da bebida.

Com relação à comida do hotel, achei muito boa. Bem variada e gostosa. No café-da-manhã sempre tinha uma tapioca feita na hora, de babar. E às vezes uma rabanada fenomenal também. O almoço e o jantar também eram bastante bons. Só os doces é que deixavam muito a desejar. Eram meio cenográficos, sabe? Bonitinhos, mas ordinários. Todos bem maqueados, mas eu e a Nanda provamos praticamente todos, todos os dias, na esperança de achar algum bom. De umas 30 espécies que comemos, posso afirmar que apenas 3 mereciam ter suas calorias açucaradas ingeridas: o doce de côco, a tortellete de banana e os profiteroles. O resto todo era companheiro do regime. Outra peculiaridade gastronômica do local era o restaurante à la carte. O Vila Galé tem um sistema à la carte que funciona da seguinte forma: você tem direito a fazer reserva no restaurante por um determinado número de vezes da sua estada, e esse número é diretamente proporcional ao número de dias que você vai ficar lá. Se forem 3 dias de estadia, uma noite de reserva; 5 dias, 2 noites, 7 dias, 3 noites. De início, queria reservar mais noites, mas o Inevitável (esse é o nome do restaurante) não era essa Coca-Cola toda não. A comida era boa, sim. Mas nada especial em relação ao Maracatu (o nome do restaurante buffet do dia-a-dia). Na verdade, era menos variado, com apenas 2 opções de entrada, 2 de prato quente e 2 de sobremesa. E a outra diferença era que uma das entradas era comida japonesa (variedade não presente no Maracatu). O detalhe é que nem eu e nem a Nanda somos apreciadores da gastronomia nipônica. Mas, apesar disso, encarei a turma do peixe cru (para os que me conhecem, pasmem: é verdade! Comi!). Aproveitei a oportunidade para experimentar de novo e quem sabe, dessa vez, gostar?! E até que não achei de tudo ruim não. O tal do sashimi é bom de verdade. Vou tentando aos pouquinhos (sempre com os pauzinhos atados pela gominha, é claro!) Mas voltando à relevância do Inevitável, acho que não é nada vantajoso em relação ao Maracatu. A diferença, além da entrada japonesa, é que você é servido na mesa. E não pode ir de chinelo. Só isso. Portanto, se você for algum dia para lá, não se mate para conseguir a sua reserva. Não é tão inevitável assim. Tu-dum, tssss!

Bom, após o jantar sem chinelo, no sábado à noite, resolvemos descer para a região da piscina para aproveitar novamente a programação noturna de que tanto tínhamos gostado na sexta-feira. Mas, para a grande surpresa: Nada! Nothing! Niente! Como assim? Sábado à noite! Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite! Rodamos o hotel e não tinha nada. Ou melhor, tinha a boate do hotel, que abre todos os dias das 20h à 1h. “Opa! São 22h, então lá deve estar no auge”. Fomos até lá e..... pfffff. Devia haver umaaaaas...... 4 pessoas lá dentro. Gasparzinho, Penadinho, Geléia e Beetle Juice. Mas pudera! Um resort onde 50% do público é formado por casais grávidos ou com bebês; e os outros 50% por famílias com crianças e/ou idosos. Como poderia uma boate ser uma boa opção de lazer? Ok! Fazer o quê, né?! Vamos para o quarto. Amanhã tem mais.




E logo, logo também tem mais por aqui. Já, já o capítulo final da série Vila Galé.


Veja os capítulo 1 e 3 desta saga:
Vila Galé parte 1
Vila Galé parte 3

Escapada de fim se semana (Vila Galé, Pernambuco) - Parte 1



Olás!

Conforme prometido, vamos ao relato da pequena viagem que fizemos no fim de semana do dia 10 de setembro. Como a Nina nasce em novembro, percebemos que pelo menos durante um curto período de tempo, ficaríamos impedidos de viajar. Então resolvemos fazer uma viagem rápida de uns 4 dias. Ficamos na dúvida entre ir para Buenos Aires (que ainda não conhecemos, e tá barato pra caramba!) ou ir para um resort desses “all inclusive”. Quase fomos conhecer a terra de Los Hermanos (não, não é o Rio de Janeiro), mas, por fim, resolvemos ir para o Vila Galé Eco Resort & SPA, em Cabo de Santo Agostinho, a 50 minutos de Recife. A escolha se deu principalmente porque bater perna em Buenos Aires com uma barriga de 7 meses de gravidez não parecia uma coisa muito esperta a se fazer.

Escolha feita, hotel reservado pelo ótimo Hoteis.com (depois farei um post não patrocinado sobre essa fantástica ferramenta), passagens emitidas na promoção de milhas reduzidas, aí era só relaxar e ir. Chegada a esperada sexta-feira, começamos com um pequeno contratempo ainda na chegada ao aeroporto: lembramos que havíamos deixado uma vasilha de feijão congelado em cima da pia. Um deixou pro outro jogar fora, o outro deixou pro um... e BUM! lá estava a vasilha repousando sozinha, prometendo uma revolução em 5 dias em cima da pia. Desespero de recém-casados-totalmente-sem-experiência-com-comidas-que-estragam! Eu tinha certeza que ia chegar em casa e ia ter uma coleção de baratas, ratos e outros bichos não catalogados atacando a vasilha, junto com uma fumacinha cinza com cara de monstro saindo da tampa. Comecei a torcer para o voo estar atrasado para dar tempo de eu pegar um táxi e voltar para resolver o problema. Mas a praga do vôo estava no horário certinho. Essas empresas aéreas... quando a gente mais precisa que elas atrasem, elas funcionam. Maldito Murphy! Conversei com minha mãe e minha sogra lá em BH e as duas disseram que só ia dar um cheirinho ruim, mas nada de mais iria acontecer. Não convencido, mas conformado, resolvi desencanar. Se fosse o caso, depois a gente mudava de apartamento.

Assim sendo, partimos para Recife. Fomos recepcionados por uma empresa de transfer parceira do Vila Galé, que após 50 minutos nos deixou no hotel, tudo certinho. Gostei. Assim que chegamos à recepção, a bagunça estava instalada no resort: uma convenção da Unimed (pode falar nome de empresa aqui no blog? Ou tem que escrever embaçado, tipo nos programas da Globo?). Enfim, uma convenção da Unimed acontecia em pleno lobby, cheio de stands. Mas o moço lá me tranqüilizou, dizendo que acabava na própria sexta. Não sei por que, mas eu achava que ainda teria problemas com isso. Acho que eu andava meio estressado mesmo...

Bom, nos colocaram num quarto bem próximo ao lobby, que, em princípio, era ótimo. Tinha até banheira!!! Pra mim, isso era o paraíso, ia ficar brincando de submergir todos os dias! Mas à medida que o tempo passou, o quarto tinha seus probleminhas. Percebemos que ele era bastante escuro (não dava para ler à noite), e que algumas tomadas não funcionavam. E ele também não tinha cofre. Da recepção, me explicaram que era porque o quarto era recém-reformado e ainda não estava 100% pronto. Ora, como é que colocam à disposição um quarto não pronto? Mas, ok! Deixei pra lá. Afinal isso não era nada de mais. Além disso, as tomadas são daquele modelo novo e não aceitam carregadores de celular. Então, para carregar seu celular, ou você comprava um adaptador na lojinha do hotel, pela bagatela de R$ 874 (ok, era só R$ 15, mas na lojinha ao lado da minha casa custa R$ 3, poxa!) ou deixava seu telefone na recepção do hotel carregando. O que custava ter um adaptador por quarto? (Deve ter alguém dizendo por aí: ora, 15 reais!).

Fomos fazer um reconhecimento e achamos a estrutura do hotel muito boa. Bonito, belos jardins... E ainda tem dois habitantes fixos do jardim que são bastante simpáticos: as iguanas. Todo dia elas estavam por lá, encantando as crianças e aterrorizando suas mães. Jantamos e fomos curtir a programação noturna, havia música ao vivo durante o jantar e depois disso, à beira da piscina, uma bandinha de forró e algumas performances. Tudo ótimo! Se a Nanda estivesse bebendo, seria melhor ainda. Mas encarei a birita sozinho mesmo.

Dá para dar uma olhada AQUI

Mas como nem tudo são comidas, jardins e iguanas, ao chegar ao quarto do hotel a bela surpresa: assim que colocamos nossos pijamas e deitamos, parecia que estávamos dormindo na guarita de uma obra a plenos vapores. Uma barulheira de batidas e ferro batendo! Era o desmonte dos stands da Unimed no lobby do hotel! Como assim? São 22h40, eu estou no quarto de um resort afastado do mundo e não consigo dormir por causa de barulho de obra? Não é possível! Liguei na recepção, mas de nada adiantou. Fui à recepção e nada. Conversei com a responsável pelos eventos do hotel, e nada. Cheguei até o gerente-geral do hotel, com seu peculiar sotaque d’além-mar, e........ isso mesmo: nada! E o que o portuga me disse? “Peççç a p’ciência d’Senhor. Sei que viexte in fériax e extáx cansado, mas a partir d’amanhã tudo est’rá d’ferente!”. Ora, que disparate! A Nanda disse que eu devia ter perguntado para ele se, já que era só a partir do dia seguinte, se então eu estava isento da tarifa da primeira noite. Devia mesmo! Mas a minha vontade era dar um rariúguen nele. Mas ia dar muito trabalho. Pergunta básica: por que não troquei de quarto? Porque eu sou meio psicopata, nos meus primeiros 20 minutos em qualquer lugar que chego para me hospedar, transformo aquele cantinho em meu. Já tinha espalhado coisas e apetrechos por todo lado no quarto. E trocar de quarto àquela altura seria tão estorvo quanto a obra. E ainda tinha a banheira de submersão no quarto. Tudo bem, em todos os quartos, mas eu já tinha me apegado à minha. Sei que um tanto de vizinhos nossos trocaram de quarto, mas nós fomos bravos e lutamos contra o barulho até a meia-noite. É mole?


... não percam as emoções da segunda parte deste relato sensacional. Já, já (no post logo aí em cima).

Dêem uma espiadinha nos outros dois capítulos dessa odisseia:
Vila Galé parte 2
Vila Galé parte 3

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dando a partida



Olás!

Este post é para dar a partida nesta viagem pelo mundo blogueiro. Nunca tive ânimo de emplacar um blog, (tem o Titios de Plantão, que é sobre a gravidez da Nanda, mas eu quase não dou pitaco por lá), mas ultimamente tenho achado bacana falar um pouquinho sobre essa nova paixão que descobri na minha vida: viajar! De um ano e pouco para cá me descobri completamente apaixonado por esse passatempo, esse investimento maravilhoso que a gente pode fazer na vida da gente. E me descobri também um viajante metódico, organizado, planejador, curioso sobre os mínimos detalhes de cada destino. E, assim, resolvi escrever um pouco sobre minhas viagens, minhas descobertas, minhas experiências. Na verdade, nossas, pois minhas viagens estão sempre muito bem acompanhadas por minha querida e amada esposa, Fernanda. Somos os mineiros às voltas nesse mundão sem porteira!

Vou falar aqui das minhas experiências pessoais, como as recentes viagens que fiz para a Europa (Paris, Roma, Florença, Assis, Veneza); Estados Unidos (Nova York e Orlando); e para um resort all-inclusive em Pernambuco. Vou falar também daqueles destinos em que já sou escolado, como Belo Horizonte (minha terra natal), Brasília (meu lar há um ano) e Cabo Frio e região (destino praticamente certo todo ano, desde muito pequeno). Obviamente, a cada viagem que for fazendo, vou colocando aqui também, e espero que a renovação de "repertório" seja constante. E, logo logo, também, começo a desbravar o mundo das viagens com crianças, pois em novembro a Nina vem reforçar o time dos mineiros em férias!

Vou colocar também as dicas que for descobrindo em blogs muuuuuuito mais experientes que esse aqui, como o fenomenal Viaje na viagem, do papa brasileiro do turismo, Ricardo Freire; e ainda os ótimos Viajar Bem e Barato e Pelo Mundo, da Rachel Verano e da Mari Campos, ou os igualmente ótimos WazariFiligrana e Matraqueando (que está com um post fantástico sobre Minas hoje), do Alessandro, da Majô e da Sílvia Oliveira. Tem ainda o blog da Lê Greco, Causos de Viagens, minha amiga que também inicia nessa vida de blogueira de viagem. Além de alguns outros, mais específicos, como o Conexão Paris, da Lina, indispensável para quem vai à cidade-luz; o Nova-York para Mãos de Vaca, do Henry Bugalho, com nome auto-explicativo (mas que vai ampliando suas fronteiras para além da capital do mundo); ou mesmo o utilíssimo Aquela Passagem, do Rodrigo Purisch, blog muito bom sobre o mundo das passagens, companhias, aeroportos e milhas aéreas. Todos esses foram fundamentais para as viagens que fiz até hoje e, tenho certeza, ainda serão muito mais!

É isso! Logo, venho com posts sobre o resort, de onde cheguei ontem. E depois vou enriquecendo com os demais!

Bon voyage!