terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

St-Germain-des-Prés / Quartier Latin

ST. GERMAIN DES PRÉS
Pronuncia-se “san german dê prrrré”

É uma região charmosa e repleta de cafés e bistrôs, ocupa a metade norte do arrondissement 6 (veja nesse MAPA). Um passeio por aqui mostra muito do charme de Paris. Além de uma estilosa caminhada pela Boulevard Saint Germain, você ainda pode visitar aqui, fora dos domínios da avenida, ao norte, às margens do Sena, o Museu d’Orsay.


Chegando ao St-Germain-des-Prés, vindo da Île de La Cité



Boulevard Saint Germain

Um bom passeio pela região é andar ao longo de sua avenida principal, a Boulevard Saint Germain. Pode-se pegar o metrô para a estação St. Germain des Prés. Ali se encontram vários dos típicos cafés parisienses, bem como boas lojas para compras. Começando a caminhar na altura da rue des Saints Peres, a primeira rua à sua direita é a Rue du Dragon, um único quarteirãozinho, que ainda guarda casas dos séculos 17 e 18. Um achado para quem aprecia história e arquitetura.

Continuando pela Boulevard St. Germain, logo no próximo quarteirão estão três de seus célebres cafés: Brasserie Lipp (a casa do século 19 combina café com gastronomia alemã), Café de Flore (aqui se encontravam Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir) e Les Deux Magots (o chocolate quente é famoso, e, se você der sorte – ou azar – alguns dos frequentadores também). E mais à frente, na esquina com a rua Mazarine, o Le Procope (o mais antigo café do mundo, data de 1686. Por aqui sentaram Voltaire e Napoleão).

Já se a ideia for almoçar por ali, seguem dois roteiros como sugestão:
Almoce no Petit Saint Benoît, um bistrô do início do século 20 indicado por todos os melhores guias da cidade, com preços bastante acessíveis (3, 4 euros para entradas; 11 e 12 para pratos principais). Fica no número 4 da rue St. Benoît, na esquina com a rue Jacob. Aproveite e coma a sobremesa na Pascal Caffet, uma conhecida casa de chocolates. Fica na rue Jacob, esquina com a St. Benoît. Não se engane, parece o mesmo endereço, mas é invertido.
Um pouquinho mais pra frente, outra idéia é almoçar no Orestias, um restaurante com menu variando de 9 a 15 euros. Fica na rue Gregoire-de-Tours, esquina com a de Buci. E para sobremesa, um já citado sorvete na Amorino, na de Buci esquina com Gregoire-de-Tours. Endereço invertido de novo!

Ainda na Blv. St. Germain, você encontra a igreja de St-Germain-des-Prés, a mais velha de Paris. Ali estão enterrados René Descartes, um antigo rei polonês e poetas franceses. A igreja fica aberta todos os dias de 8h às 19h. Há missas diárias às 12h15 e às 19h; no sábado somente a de 12h15 e no domingo a de 19h. Ainda são realizados concertos nas terças e quintas às 20h.

Também espalhadas na famosa avenida há lojas como a Tati Or, para quem quer comprar jóias, bem como a Sephora, para perfumes e cosméticos.

Foi nessa avenida que a Nanda viu pela primeira vez em Paris alguns salões de beleza. Ficou tentadíssima a cortar o cabelo ali e chegar no Brasil tirando a maior onda de que estava com um corte de Paris, mas na hora h faltou coragem. Também foi só chegar a BH que passou a navalha, no melhor estilo parisiense!

Um brinde num boteco parisiense


Musée d’Orsay

Ao norte da Boulevard St. Germain, às margens do Sena, entre as pontes Royal e Passarelle Solferino, encontra-se o Musée d’Orsay, instalado no prédio de uma antiga estação de trem. A estaçãod e metrô mais próxima é a Solférino. É o principal museu impressionista do mundo, mas lá também fica exposta todo tipo de arte do período que vai da segunda metade do século 19 até o primeiro quarto do século 20. Pode-se destacar a forte presença de nomes como Rodin, Renoir, Gauguin, Monet, Cézanne, Van Gogh, Degas, Manet e Toulouse-Lautrec. Infelizmente, tenho de confessar que não fui ao museu. No dia em que fomos ao St-Germain-des-Prés não daria tempo. Deixamos para depois e acabou que ficou para bem depois: a próxima ida a Paris.

Mas já ficam aqui as informações que tenho: o museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 18h. Na quinta fica aberto até as 21h45. Fecha na segunda. Seu ingresso custa 12 euros e é combinado com o Museu Rodin, no Invalides, se forem visitados no mesmo dia. Mas o PMP, só pra variar, isenta do ingresso e das filas! Para mais detalhes, o site do Museu é esse AQUI.


QUARTIER LATIN
Pronuncia-se “cartiê latan”

Seguindo pela Boulevard Saint-Germain, ao chegar nos domínios da Boulevard Saint Michel, está o Quartier Latin, que, ocupando a metade norte do 5º arrondissement (verificar MAPA), é o bairro cultural e intelectual de Paris. Está recheado de escolas, cinemas, livrarias. A famosa Universidade de Sorbonne se encontra aqui, e também o Panteão e o Musée de Cluny.

Boulevard Saint Michel

Para passear pelo Quartier Latin, vindo de St. Germain des Prés, o melhor é virar da Blv. St. Germain na Blv. St. Michel. Tínhamos a dica de nosso amigo Felipe, vulgo “Clark Kent”, de que ali era um ótimo lugar para se comprar roupas com preços bastante acessíveis. E como era! Várias lojas com mega-promoções! Entramos em algumas delas e vimos muita coisa com preços inacreditáveis. Artigos de couro muito baratos, ternos, roupa de frio (até porque estávamos em pleno verão). Aproveitei para comprar uma malha e a Nanda comprou uma echarpe por aqui. Lembro que a minha blusa custou 9 euros. Outros preços eu não lembro não.

La Sorbonne

O Quartier Latin é também o bairro que hospeda a histórica sede da Universidade de Paris, fundada em 1253. Qual não foi minha decepção ao chegar lá e ver que as portas estavam fechadas? Não sei se era porque era agosto, mês de férias na França, e a Sorbonne resolveu seguir o exemplo da Berthillon; ou se era um fechamento para reformas, já que sua bela fachada estava “enfeitada” por andaimes. Mas o fato foi que eu tive de me virar estudando na bela pracinha em frente à universidade mesmo. Deve ser ali que a turma da Sorbonne mata aula para jogar truco.

Em frente à Sorbonne fechada


Estudando na pracinha do truco


Panteão

Impossível não fazer uma comparação com o irmão mais famoso, o panteão de Roma. Esse aqui, de 1790, não chega nem perto da idade do outro, que tem mais de 2.000 anos e está intacto. Também não impressiona tanto, porque o de Roma surge imenso e imponente no meio de vários bequinhos. O francês fez o caminho inverso do outro: começou como igreja e se transformou em panteão, abrigando os túmulos dos melhores e maiores da França. Estão sepultados aqui Voltaire, Rousseau, Victor Hugo, Jean Moulin e outros.

O Panteão abre todos os dias às 10h e fecha às 18h30 (de outubro a março fecha mais cedo, às 18h). É pago, mas adivinhe só: o PMP isenta!

Musée de Cluny

O nome hoje é Musée National du Moyen Age, mas ainda é mais conhecido como Musée de Cluny. Abriga uma bela coleção de arte medieval, com tapeçarias, entalhes, vitrais, esculturas. Mas a principal atração do museu são suas ruínas galo-romanas. Também não fomos lá, porque se você se empolgar e for a todo museu um pouco interessante de Paris, você precisa de um visto para mais de 90 dias. O Cluny fecha ás terças, abrindo nos outros dias de 9h15 às 17h45. Também é contemplado pelo PMP. Visite o SITE do museu.


...
E esses foram dois dos mais charmosos bairros de Paris: o St-Germain-des-Prés e o Quartier Latin. O próximo é o cativante Luxembourg.

Au revoir!





Um comentário:

Fernanda disse...

Está me dando MUITA vontade de voltar em Paris!!!!!!!!! Ai meu Deus, se for assim com o relato de cada viagem que você fizer, estamos fritos! kkkkkkk.

Beijos.