terça-feira, 21 de setembro de 2010

Escapada de fim se semana (Vila Galé, Pernambuco) - Parte 1



Olás!

Conforme prometido, vamos ao relato da pequena viagem que fizemos no fim de semana do dia 10 de setembro. Como a Nina nasce em novembro, percebemos que pelo menos durante um curto período de tempo, ficaríamos impedidos de viajar. Então resolvemos fazer uma viagem rápida de uns 4 dias. Ficamos na dúvida entre ir para Buenos Aires (que ainda não conhecemos, e tá barato pra caramba!) ou ir para um resort desses “all inclusive”. Quase fomos conhecer a terra de Los Hermanos (não, não é o Rio de Janeiro), mas, por fim, resolvemos ir para o Vila Galé Eco Resort & SPA, em Cabo de Santo Agostinho, a 50 minutos de Recife. A escolha se deu principalmente porque bater perna em Buenos Aires com uma barriga de 7 meses de gravidez não parecia uma coisa muito esperta a se fazer.

Escolha feita, hotel reservado pelo ótimo Hoteis.com (depois farei um post não patrocinado sobre essa fantástica ferramenta), passagens emitidas na promoção de milhas reduzidas, aí era só relaxar e ir. Chegada a esperada sexta-feira, começamos com um pequeno contratempo ainda na chegada ao aeroporto: lembramos que havíamos deixado uma vasilha de feijão congelado em cima da pia. Um deixou pro outro jogar fora, o outro deixou pro um... e BUM! lá estava a vasilha repousando sozinha, prometendo uma revolução em 5 dias em cima da pia. Desespero de recém-casados-totalmente-sem-experiência-com-comidas-que-estragam! Eu tinha certeza que ia chegar em casa e ia ter uma coleção de baratas, ratos e outros bichos não catalogados atacando a vasilha, junto com uma fumacinha cinza com cara de monstro saindo da tampa. Comecei a torcer para o voo estar atrasado para dar tempo de eu pegar um táxi e voltar para resolver o problema. Mas a praga do vôo estava no horário certinho. Essas empresas aéreas... quando a gente mais precisa que elas atrasem, elas funcionam. Maldito Murphy! Conversei com minha mãe e minha sogra lá em BH e as duas disseram que só ia dar um cheirinho ruim, mas nada de mais iria acontecer. Não convencido, mas conformado, resolvi desencanar. Se fosse o caso, depois a gente mudava de apartamento.

Assim sendo, partimos para Recife. Fomos recepcionados por uma empresa de transfer parceira do Vila Galé, que após 50 minutos nos deixou no hotel, tudo certinho. Gostei. Assim que chegamos à recepção, a bagunça estava instalada no resort: uma convenção da Unimed (pode falar nome de empresa aqui no blog? Ou tem que escrever embaçado, tipo nos programas da Globo?). Enfim, uma convenção da Unimed acontecia em pleno lobby, cheio de stands. Mas o moço lá me tranqüilizou, dizendo que acabava na própria sexta. Não sei por que, mas eu achava que ainda teria problemas com isso. Acho que eu andava meio estressado mesmo...

Bom, nos colocaram num quarto bem próximo ao lobby, que, em princípio, era ótimo. Tinha até banheira!!! Pra mim, isso era o paraíso, ia ficar brincando de submergir todos os dias! Mas à medida que o tempo passou, o quarto tinha seus probleminhas. Percebemos que ele era bastante escuro (não dava para ler à noite), e que algumas tomadas não funcionavam. E ele também não tinha cofre. Da recepção, me explicaram que era porque o quarto era recém-reformado e ainda não estava 100% pronto. Ora, como é que colocam à disposição um quarto não pronto? Mas, ok! Deixei pra lá. Afinal isso não era nada de mais. Além disso, as tomadas são daquele modelo novo e não aceitam carregadores de celular. Então, para carregar seu celular, ou você comprava um adaptador na lojinha do hotel, pela bagatela de R$ 874 (ok, era só R$ 15, mas na lojinha ao lado da minha casa custa R$ 3, poxa!) ou deixava seu telefone na recepção do hotel carregando. O que custava ter um adaptador por quarto? (Deve ter alguém dizendo por aí: ora, 15 reais!).

Fomos fazer um reconhecimento e achamos a estrutura do hotel muito boa. Bonito, belos jardins... E ainda tem dois habitantes fixos do jardim que são bastante simpáticos: as iguanas. Todo dia elas estavam por lá, encantando as crianças e aterrorizando suas mães. Jantamos e fomos curtir a programação noturna, havia música ao vivo durante o jantar e depois disso, à beira da piscina, uma bandinha de forró e algumas performances. Tudo ótimo! Se a Nanda estivesse bebendo, seria melhor ainda. Mas encarei a birita sozinho mesmo.

Dá para dar uma olhada AQUI

Mas como nem tudo são comidas, jardins e iguanas, ao chegar ao quarto do hotel a bela surpresa: assim que colocamos nossos pijamas e deitamos, parecia que estávamos dormindo na guarita de uma obra a plenos vapores. Uma barulheira de batidas e ferro batendo! Era o desmonte dos stands da Unimed no lobby do hotel! Como assim? São 22h40, eu estou no quarto de um resort afastado do mundo e não consigo dormir por causa de barulho de obra? Não é possível! Liguei na recepção, mas de nada adiantou. Fui à recepção e nada. Conversei com a responsável pelos eventos do hotel, e nada. Cheguei até o gerente-geral do hotel, com seu peculiar sotaque d’além-mar, e........ isso mesmo: nada! E o que o portuga me disse? “Peççç a p’ciência d’Senhor. Sei que viexte in fériax e extáx cansado, mas a partir d’amanhã tudo est’rá d’ferente!”. Ora, que disparate! A Nanda disse que eu devia ter perguntado para ele se, já que era só a partir do dia seguinte, se então eu estava isento da tarifa da primeira noite. Devia mesmo! Mas a minha vontade era dar um rariúguen nele. Mas ia dar muito trabalho. Pergunta básica: por que não troquei de quarto? Porque eu sou meio psicopata, nos meus primeiros 20 minutos em qualquer lugar que chego para me hospedar, transformo aquele cantinho em meu. Já tinha espalhado coisas e apetrechos por todo lado no quarto. E trocar de quarto àquela altura seria tão estorvo quanto a obra. E ainda tinha a banheira de submersão no quarto. Tudo bem, em todos os quartos, mas eu já tinha me apegado à minha. Sei que um tanto de vizinhos nossos trocaram de quarto, mas nós fomos bravos e lutamos contra o barulho até a meia-noite. É mole?


... não percam as emoções da segunda parte deste relato sensacional. Já, já (no post logo aí em cima).

Dêem uma espiadinha nos outros dois capítulos dessa odisseia:
Vila Galé parte 2
Vila Galé parte 3

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