segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Champs Elysées / Opéra

CHAMPS-ELYSÉES
Pronucia-se “chanzelizê”

Puro glamour, a região nº 8 do MAPA de Paris já intitula sua avenida mais famosa, que, por si só, já é uma bela atração da cidade, repleta de lojas de super-marcas francesas e mundiais. Em uma de suas pontas está outro marco de Paris: o Arco do Triunfo. Há ainda a Ponte Alexandre III, considerado por muitos a mais bonita das dezenas de pontes que ligam as duas margens do Sena.

Arco do Triunfo

O ideal é começar a visita pelo Arco do Triunfo, mas para chegar ao Arco, antes tem a Place Charles de Gaulle, também conhecida como l’Etoile (a estrela). É a praça onde fica localizado o monumento, e dela partem 12 avenidas (maior que a Raul Soares, hein?!). Na verdade, você desce do metrô do lado de fora da praça e quando olha para o Arco lá no meio, você pensa que somente com asas é possível chegar até lá. A praça é um caos para os motoristas e uma missão impossível para algum pedestre que porventura algum dia tente atravessá-la. Não há pistas definidas na praça, mas ela é bastante larga (sei lá, umas oito pistas mais ou menos) e muito movimentada, e não tem sinais (faróis ou semáforos para os paulistas e cariocas também). Reza a lenda que, se você observar, tem um carro que está rodando lá dentro já há alguns anos sem conseguir alcançar a pista da direita para poder sair. Num primeiro momento eu juro que achei que teria de atravessar aquilo ali, mas foi rapidinho que descobri que nas esquinas das ruas que saem da praça há passagens subterrâneas, como as do metrô, que te levam ao centro da praça, ou mais precisamente ao Arco do Triunfo.


L'Etoile, a praça do caos

A passagem para o Arco do Triunfo. Sem as asas.
Uma vez lá, o Arco impressiona ainda mais quando visto de perto, como se pode ter uma idéia aqui nesse pequeno VÍDEO. Ele foi construído por Napoleão Bonaparte para celebrar suas vitórias em batalhas, mais especificamente após a vitória na batalha de Austerlitz, em 1805. Mas só ficou pronto mesmo após a queda do imperador, já em 1836. Tem 50 metros de altura e é utilizado hoje como ponto de partida para a maioria das celebrações e desfiles de vitória.

O arco é um verdadeiro monumento às guerras. Suas duas grandes esculturas (ou alto-relevos) são homenagens à partida dos voluntários em 1792 e ao triunfo de Napoleão em 1810; os baixo-relevos (quadros mais acima) mostram vitórias em determinadas batalhas; no interior das colunas há gravados os nomes de vários oficiais do exército imperial; e bem no centro do arco há o Túmulo do Soldado Desconhecido, uma homenagem aos soldados que morrem anônimos nas guerras, e onde está sepultado um soldado francês da Primeira Guerra.

Os alto-relevos e os nomes dos oficiais nas colunas

O túmulo do soldado desconhecido


No Arco há também, por dentro das colunas, um museu, sem muita graça, mas que é o caminho natural para a plataforma panorâmica. A plataforma fica numa espécie de terraço do Arco do Triunfo. Para chegar até ela, você vai passando pelo tal museu do Arco, que não tem nada de mais. Só que a subida é feita por uma escadaria no estilo da Notre-Dame, só um pouquinho menor. São 284 degraus! Daí você pensa, ganhar a batalha de Austerlitz é fácil, quero ver é o exército de Napoleão subir essa bagaça aqui no dia seguinte de ter subido as torres da Notre-Dame. Duvideodó! Mas a vista lá de cima também é muito bonita. Pra falar a verdade, talvez mais interessante que a da Notre-Dame, porque você vê as coisas de um ângulo mais próximo. A Champs-Elysées fica super bonita vista dali; a Torre Eiffel está bem pertinho; e ainda tem uma cobertura num predinho da frente, na esquina da Etoile com a Champs Elysées que acho que nem ganhando umas três vezes na mega acumulada dá pra comprar.

Subiu a Notre-Dame e achou que ficou livre das escadarias?
Rá! Pegadinha do Mallandro!

Vizinhança: a Champs-Elysées vista do alto do Arco do Triunfo

A vizinha mais famosa


Os vizinhos ... errrr... mais abastados!

Assim, informando, o museu do Arco (e consequentemente a plataforma) abre diariamente de 10-23h, estando fechado nos feriados nacionais (1º jan, 1º mai, 8 mai, 14 jul, 11 nov, 25 dez). Acho que o preço para entrar é 9 euros, mas obviamente o PMP livra do preço e das filas!


Champs-Elysées

A avenida mais famosa do mundo (junto com a 5ª avenida de Nova York) não vive só do consumo. Ela é também muito bonita e agradável. Suas calçadas são bastante largas e é ladeada por árvores, como se pode ver na vista aérea logo aí acima. Há também vários cafés e restaurantes. Mas quer queira quer não, suas principais atrações são mesmo suas mega-stores. Há verdadeiros templos de diversas marcas francesas ou internacionais. O império da Louis Vuitton chama a atenção pela sua magnitude, como dá para ver nesse VÍDEO aqui. É óbvio que a Nanda ficou alucinada com a loja. Mas outras lojas também valem a visita, como a loja-conceito da Peugeot e as mega-store da Disney e da Virgin. Mas as únicas compras que a gente fez aqui foram na Swatch, onde a Nanda arrematou um relógio em que ela já estava de olho há algum tempo, e na Peugeot, onde comprei umas lembrancinhas para o Math. Só o passeio nos campos elíseos já vale a ida.





Tem também um restaurante que se gaba de receber uma série de estrelas do cinema francês e hollywoodiano, o Fouquet’s. Mas há lugares mais acessíveis para se comer na Champs Elysées, como a Class Croute, uma casa de sanduíches em baguetes, no nº 140 da avenida; a Ladurée, confeitaria especializada em Macarrons (uma mania francesa, consiste em dois suspiros com um recheio cremoso), no nº 75; a Culture Bière, uma cervejaria bem diversificada, que tem selo de fabricação própria, no nº 65, super bem recomendada; e o café da Virgin Megastore.

O Fouquet's e sua lista VIP.


OPÉRA
Pronuncia-se “ôperrrrra”

Localizado na pequena região nº 2 do MAPA, o bairro da antiga altíssima sociedade de Paris hoje é repleto das grandes grandes galerias de compras. Vir aqui é para fazer compras mesmo. Ou, com boa chance, não fazer também. As famosas Galleries Lafayette estão aqui, mas provavelmente não são para o seu bico. Para o meu não são. Tudo absurdamente caro. Se quiser dar uma lambida nas vitrines, vá; o lugar pelo menos é bonito. Mas para comprar eu não garanto nada.

Na região também encontram-se magazines como a Primtemps e a H&M, ambas ao lado das Lafayette, mas que se não lhe custarão o olho da cara, talvez fiquem pela unha do pé; a Sephora e a Mario’s para cosméticos; a Stradivarius, moda jovem da Zara; e a Surcouf, onde dá para encontrar eletrônicos em bons preços. Nossa atual câmera fotográfica a gente comprou aqui.

Mas há que se ter em mente que viagem à Europa não é viagem para compras. Se quer mergulhar o cartão de crédito em dívidas, melhor ir para os EUA mesmo. Compras na Europa funcionam mais pela oportunidade do que pela procura desenfreada mesmo. Achou algo que o preço esteja valendo à pena? Vá nessa! Caso contrário, espere seu próximo desembarque em Orlando e corra para os outlets.

De qualquer forma, já que neste post há muito sobre compras, vou já deixar a dica do dia. Na União Européia, os não residentes que por ali fizerem compras, têm direito à devolução do imposto (TVA), se gastarem no mínimo 175 euros em uma só loja e em um dia. As compras em grupo podem ser somadas. Para tanto, ao deixar a EU, você deve procurar a alfândega no aeroporto, apresentar o formulário (você pode pegar na loja ou na alfândega mesmo), a nota fiscal e você é reembolsado ali mesmo, em cash!

Portanto, em minha opinião, só vale a pena ir à região da Opéra se estiver com o espírito de fazer compras mesmo (principalmente se seu bolso estiver permitindo bastante). Fora isso, gaste seu tempo com algo mais interessante. Agora, caso resolva, já ficam algumas diquinhas para comer por ali: Cojean, um restaurante que não abre no domingo, fica na rue de séze, 6; Impro’vista, restaurante italiano na rue La Fayette, 13; Goutu, sanduíches baratinhos, a 1 euro, na rue Le Peletier, 51, pertinho da La Fayette; Lina’s, uma casa de sanduíches dentro das Galerias Lafayette. Parece que no último andar das Lafayette tem também um restaurante self-service, mas se acompanhar o preço das lojas, vai comer num bandejão e pagar o preço do Aquavit em Brasília, ou do Taste Vin em BH.

Só o teto das Galleries Lafayette já intimida

Os andares das galerias: bom para lamber, ruim para comprar.

Por hoje é só! Chega de compras! Na próxima, as Tuilleries, essa sim um bon marché!


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Luxembourg

LUXEMBOURG
Pronuncia-se “lucsambur”

Terminando de descer o Quartier Latin, você chega ao Luxembourg, um bairro tranqüilo e pacífico, onde a vida parece passar mais lentamente. Encontra-se nas metades sul dos arrondissements 5 e 6 (ver no MAPA). Seus pontos altos são o Jardin du Luxembourg (um parque para deixar a vida passar bem devagar), o Palais du Luxembourg (sede do Senado francês) e a igreja de St. Sulpice (aquela do Código da Vinci).

E foi o que fizemos. Mas antes, terminando de descer a St. Michel, resolvemos usar o cartão de telefone para ligar para casa e descobrimos que ligar de Paris para BH é uma das coisas mais baratas da história da telecomunicação mundial. Compramos um cartão de 7 euros (eu acho) e, ao todo, falamos por mais de hora. Entramos numa cabine telefônica ali e a Nanda ficou uns 20, 30 minutos conversando em casa e se atualizando das notícias, repercussões e bafões do nosso casamento, que tinha sido há apenas 3 dias. É a linha Paris-BH da fofoca!

Aproveitamos a parada e compramos uma água num mercadinho ali também. E foi então que descobrimos que água mineral em Paris é ruim pra dedel! Aliás, a água em Paris é ruim pra dedel. No hotel a gente toma a da torneira mesmo e ela já tem um certo gostinho; mas a mineral que a gente comprou era horrível! Dizem que é porque a água é enriquecida com magnésio, enxofre ou sei lá o quê. Só sei que na escola francesa eles devem ensinar às crianças: “propriedades da água: incolor, inodora e intragável”. Porque insípida não é! Agora dá pra entender porque os parisienses abastados tomam água Perrier: não é metideza, é necessidade mesmo. Agora, brasileiro que toma, esse eu ainda não captei. Mas vamos ao que interessa.

Jardin du Luxembourg

Vindo do Quartier Latin, você chega pela entrada sudeste desse parque que é a própria ode à preguiça parisiense. O parque é realmente bem bonito, com bastante verde. Mas o que mais vi gente fazendo ali foi o exercício do ócio mesmo. Nada de caminhadas, corridas, esportes... nem mesmo um baralhinho ou dominó. A arte do fazer nada reinava no local. Vários bancos e cadeiras são espalhados pelo parque e o pessoal, não contente em ficar sentado, ainda puxava uma cadeira para poder esticar as pernas. Foi a deixa perfeita pra gente dar uma descansada nos pés cansados. O da Nanda acho que ainda não está 100% recuperado até hoje. AQUI tem um vídeo da preguiça generalizada.


Nanda no Jardin du Luxembourg


O esporte nacional do Luxembourg

O parque, segundo dizem, é o mais popular de Paris (mas eu acho o Tuilleries bem mais bonito) e ali há um café com mesas ao ar livre, quadras de tênis, um apiário. Outro ponto considerado importante do parque é a Fontaine de Médicis, um lago de peixes dourados ladeado por árvores, onde as pessoas ficam sentadas às margens para... não fazer nada. Slow travel total! E os limites norte dos jardins são recortados pelo Palais du Luxembourg e seus canteiros. Antigamente o parque nada mais era se não os jardins do palácio, até que no século 19 foi aberto ao público.


A Fontaine de Médicis


Os canteiros do Palais

A entrada no parque é gratuita (nem precisa de PMP) e o uso das cadeiras da preguiça também! O seu horário de funcionamento varia de acordo com a época do ano, porque ele acompanha o dia. Abre às 7h30 da manhã e fecha ao anoitecer. Em agosto era de 7h30 às 20h15. Apesar de quê, às 20h15, em agosto, não havia ainda nem sombra de escurecer. Vou mostrar isso melhor quando falar das Tuilleries.

De acordo, com a placa, em agosto, abetura às 7h30 e fechadura às 20h15
Palais du Luxembourg

Exatamente atrás do Jardin du Luxembourg (na verdade, delimitando-o) fica o Palais du Luxembourg. Foi o palácio real até a época da revolução, depois foi usado como prisão, na Seguda-Guerra foi quartel-general e abrigo anti-aéreo. Hoje é a sede do Senado francês. Não é nada de mais, mas está no seu caminho entre o Jardin e a St. Sulpice. Não custa olhar para o lado e ver. Para mim, ainda tinha o gostinho de ser justamente o Senado, onde eu havia acabado de ingressar (no brasileiro, é claro!). E eu pude olhar, ver e dizer: o nosso é mais bonito!


Senados: o deles...

... e o nosso: muito mais bonito!
No caminho entre o Palais e a St. Sulpice duas coisas me chamaram a atenção. A primeira foi que vimos uma fonte de água com cara da época do Romantismo. Mas não tive as caras de beber não. Essa água parisiense já estava deixando minha língua anestesiada. A outra foi que vimos alguns carros pichados na cidade. Achei isso o cúmulo do vandalismo. Será que é isso mesmo? Pichadores atacam os carros em Paris? Fiquei até com saudades dos nossos, bárbaros tão respeitosos.

Com essa água ruim aí dentro, tinha que ter essa cara feia mesmo!

Saint-Sulpice

Ao passar em frente ao Palais du Luxembourg e virar à direita na primeira rua (Garanciere), você chega aos fundos da Igreja de Saint-Sulpice. Mas a igreja é tão grande e imponente, que, ao ver os fundos, você já acha que se trata dela toda. E ainda a acha grande. E é mesmo! Essa impressão pode ser vista nesse vídeo AQUI. Atentem para um detalhe no vídeo: enquanto eu mostro a impressionante vista inicial da igreja, a Nanda não perde tempo e manda: “eles deviam lavar, né?!” hehehehehe.... Mas se a igreja demorou mais de um século (mais precisamente 134 anos) para ser construída, imagina como seria para lavá-la? Quando conseguissem chegar na parte da frente a de trás já estaria toda suja de novo.

Nanda e a St. Sulpice - uma lavadinha caía bem, né?!
A igreja ficou ainda mais conhecida após o livro e o filme “O Código da Vinci”. É nessa igreja que o monge entra em busca de uma pista do Santo Graal, quebra o chão no ponto onde passa a linha meridiana (supostamente o vestígio de um templo pagão) e mata uma freira. Por conta da referência na obra, obviamente, houve um aumento do número de turistas na igreja, o que obrigou o pároco a colocar um cartaz desmentindo algumas falsas informações, como a do templo pagão e de que as letras P e S nas suas janelas não significam Priorado de Sião, mas Pedro e Sulpice, os padroeiros da igreja. Mas continua um tanto de gente indo a essa igreja só para ver a linha meridiana, as letras P e S e – agora – o cartaz do padre! É mole?

É só quebrar aí para adentrar um misterioso templo pagão. 
Mas cuidado: se você falar Maria Sangrenta três vezes ela aparece por ali.
Por sorte, quando fomos não havia turistas identificáveis lá dentro (só nós!). E o fato é que a igreja é muito bonita e impressionante. Sua nave central é muito grande, o altar é bem luxuoso e nos fundos há um órgão de tubos gigantesco. Além disso, a igreja possui várias capelas laterais que não deixam nada a desejar a muita igreja inteira. Inclusive nós assistimos à missa numa dessas capelas, e foi aí que percebemos que a missa é universal mesmo. Quer dizer, eu já sabia disso, mas nunca tinha vivido isso. Além de a liturgia da palavra ser idêntica em qualquer lugar do mundo (as leituras que se escuta no Brasil em determinado dia são as mesmas da França, dos EUA, da Austrália), quem está acostumado com o rito da celebração não precisa entender nada da língua em que a Santa Eucaristia está sendo celebrada. Muito bacana isso. A gente deu a maior sorte, chegamos na igreja às 18h50 e percebemos que ali num cantinho estava rolando uma movimentação com cara de que alguma coisa ia acontecer. Não foi difícil perceber que uma missa estava para começar. Sentamos lá e participamos normalmente da missa, como qualquer francês da vizinhança, e acompanhamos direitinho, respondendo tudo em português mesmo, baixinho. Só na hora da “Paz de Cristo” é que não deu pra disfarçar. Não fazia idéia de como desejar a paz em francês, mandei em português mesmo. Mas ninguém ligou, devem estar acostumados. Achei tão interessante assistir a uma missa em outra língua que resolvi dar uma filmadinha escondido. Provavelmente não podia, mas eu queria registrar o momento, então fiz o vídeo pirata da missa assim mesmo. Tá AQUI e AQUI. O vídeo está meio mexido demais porque eu ficava segurando a câmera aleatoriamente, fingindo que eu não estava filmando. hehehehehe...


O órgão gigante
 
A "capelinha" da missa, com direito a vídeo pirata.

A St. Sulpice fica aberta ao turismo de 7h30 às 19h30 e a entrada é gratuita. Mas não sei se o padre vai gostar de te ver tirando foto do meridiano, do cartaz desmentidor ou filmando a missa. Os horários de missa eu não consegui descobrir, mas sei que às 19h tem. Na saída da St. Sulpice fomos pela sua frente, onde está também uma bela pracinha, a Place St. Sulpice, e sua fonte, a Fonte dos Quatro Cardeais.

A pracinha em frente à St. Sulpice
 


...

Bom, depois de um dia cheíssimo, era hora de comer, e próximo da St. Sulpice eu havia anotado três dicas baratas: a Pizza Positano, que fica no nº 15 da rue de Canettes; a La Créperie du Comptoir (dica do Conexão Paris), uma creperia de um conhecido chef, coladinha do metrô Odeon; e o Polidor, um restaurante onde o prato custa entre 11 e 14 euros, na rua Monsieur le Prince esquina com Racine. Entretanto, tenho que revelar uma curiosidade turística da Nanda meio tenebrosa. Apaixonada como é com Mc Donald’s (!!!), ela faz questão de provar a “iguaria” em todos os países do mundo. Para ver quais as peculiaridades e descobrir que isopor é isopor em qualquer lugar. hehehehehe... Pois bem. Nesse dia ela estava aguada. E como tinha um bem próximo ao hotel, lá fomos nós! Foi bom que rendeu história: já no templo gastronômico do seu Donaldo, eu estava meio sem saber como entender as especificidades dos sanduíches em francês. Mas eis que um dos caixas me vê com a camisa do Brasil e grita: “Brasileiro? Entra na minha fila aqui!”. Que beleza! Me conta onde não tem um brasileiro, né?! A fila dele era muito mais demorada, mas a gente resistiu bravamente. O cara ajudou a gente, explicou como era cada sanduíche e saímos dali satisfeitos com tudo embrulhadinho pra viagem para comer no quarto. E, na hora de comer... ele tinha embolado o pedido inteiro e veio tudo diferente! Pffff....

Nanda e a alta gastronomia universal

Bom, esse post me deu uma vontaade de não fazer nada... volto logo com notícias de Champs Elysées e Ópera. Salut!



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

St-Germain-des-Prés / Quartier Latin

ST. GERMAIN DES PRÉS
Pronuncia-se “san german dê prrrré”

É uma região charmosa e repleta de cafés e bistrôs, ocupa a metade norte do arrondissement 6 (veja nesse MAPA). Um passeio por aqui mostra muito do charme de Paris. Além de uma estilosa caminhada pela Boulevard Saint Germain, você ainda pode visitar aqui, fora dos domínios da avenida, ao norte, às margens do Sena, o Museu d’Orsay.


Chegando ao St-Germain-des-Prés, vindo da Île de La Cité



Boulevard Saint Germain

Um bom passeio pela região é andar ao longo de sua avenida principal, a Boulevard Saint Germain. Pode-se pegar o metrô para a estação St. Germain des Prés. Ali se encontram vários dos típicos cafés parisienses, bem como boas lojas para compras. Começando a caminhar na altura da rue des Saints Peres, a primeira rua à sua direita é a Rue du Dragon, um único quarteirãozinho, que ainda guarda casas dos séculos 17 e 18. Um achado para quem aprecia história e arquitetura.

Continuando pela Boulevard St. Germain, logo no próximo quarteirão estão três de seus célebres cafés: Brasserie Lipp (a casa do século 19 combina café com gastronomia alemã), Café de Flore (aqui se encontravam Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir) e Les Deux Magots (o chocolate quente é famoso, e, se você der sorte – ou azar – alguns dos frequentadores também). E mais à frente, na esquina com a rua Mazarine, o Le Procope (o mais antigo café do mundo, data de 1686. Por aqui sentaram Voltaire e Napoleão).

Já se a ideia for almoçar por ali, seguem dois roteiros como sugestão:
Almoce no Petit Saint Benoît, um bistrô do início do século 20 indicado por todos os melhores guias da cidade, com preços bastante acessíveis (3, 4 euros para entradas; 11 e 12 para pratos principais). Fica no número 4 da rue St. Benoît, na esquina com a rue Jacob. Aproveite e coma a sobremesa na Pascal Caffet, uma conhecida casa de chocolates. Fica na rue Jacob, esquina com a St. Benoît. Não se engane, parece o mesmo endereço, mas é invertido.
Um pouquinho mais pra frente, outra idéia é almoçar no Orestias, um restaurante com menu variando de 9 a 15 euros. Fica na rue Gregoire-de-Tours, esquina com a de Buci. E para sobremesa, um já citado sorvete na Amorino, na de Buci esquina com Gregoire-de-Tours. Endereço invertido de novo!

Ainda na Blv. St. Germain, você encontra a igreja de St-Germain-des-Prés, a mais velha de Paris. Ali estão enterrados René Descartes, um antigo rei polonês e poetas franceses. A igreja fica aberta todos os dias de 8h às 19h. Há missas diárias às 12h15 e às 19h; no sábado somente a de 12h15 e no domingo a de 19h. Ainda são realizados concertos nas terças e quintas às 20h.

Também espalhadas na famosa avenida há lojas como a Tati Or, para quem quer comprar jóias, bem como a Sephora, para perfumes e cosméticos.

Foi nessa avenida que a Nanda viu pela primeira vez em Paris alguns salões de beleza. Ficou tentadíssima a cortar o cabelo ali e chegar no Brasil tirando a maior onda de que estava com um corte de Paris, mas na hora h faltou coragem. Também foi só chegar a BH que passou a navalha, no melhor estilo parisiense!

Um brinde num boteco parisiense


Musée d’Orsay

Ao norte da Boulevard St. Germain, às margens do Sena, entre as pontes Royal e Passarelle Solferino, encontra-se o Musée d’Orsay, instalado no prédio de uma antiga estação de trem. A estaçãod e metrô mais próxima é a Solférino. É o principal museu impressionista do mundo, mas lá também fica exposta todo tipo de arte do período que vai da segunda metade do século 19 até o primeiro quarto do século 20. Pode-se destacar a forte presença de nomes como Rodin, Renoir, Gauguin, Monet, Cézanne, Van Gogh, Degas, Manet e Toulouse-Lautrec. Infelizmente, tenho de confessar que não fui ao museu. No dia em que fomos ao St-Germain-des-Prés não daria tempo. Deixamos para depois e acabou que ficou para bem depois: a próxima ida a Paris.

Mas já ficam aqui as informações que tenho: o museu funciona de terça a domingo, das 9h30 às 18h. Na quinta fica aberto até as 21h45. Fecha na segunda. Seu ingresso custa 12 euros e é combinado com o Museu Rodin, no Invalides, se forem visitados no mesmo dia. Mas o PMP, só pra variar, isenta do ingresso e das filas! Para mais detalhes, o site do Museu é esse AQUI.


QUARTIER LATIN
Pronuncia-se “cartiê latan”

Seguindo pela Boulevard Saint-Germain, ao chegar nos domínios da Boulevard Saint Michel, está o Quartier Latin, que, ocupando a metade norte do 5º arrondissement (verificar MAPA), é o bairro cultural e intelectual de Paris. Está recheado de escolas, cinemas, livrarias. A famosa Universidade de Sorbonne se encontra aqui, e também o Panteão e o Musée de Cluny.

Boulevard Saint Michel

Para passear pelo Quartier Latin, vindo de St. Germain des Prés, o melhor é virar da Blv. St. Germain na Blv. St. Michel. Tínhamos a dica de nosso amigo Felipe, vulgo “Clark Kent”, de que ali era um ótimo lugar para se comprar roupas com preços bastante acessíveis. E como era! Várias lojas com mega-promoções! Entramos em algumas delas e vimos muita coisa com preços inacreditáveis. Artigos de couro muito baratos, ternos, roupa de frio (até porque estávamos em pleno verão). Aproveitei para comprar uma malha e a Nanda comprou uma echarpe por aqui. Lembro que a minha blusa custou 9 euros. Outros preços eu não lembro não.

La Sorbonne

O Quartier Latin é também o bairro que hospeda a histórica sede da Universidade de Paris, fundada em 1253. Qual não foi minha decepção ao chegar lá e ver que as portas estavam fechadas? Não sei se era porque era agosto, mês de férias na França, e a Sorbonne resolveu seguir o exemplo da Berthillon; ou se era um fechamento para reformas, já que sua bela fachada estava “enfeitada” por andaimes. Mas o fato foi que eu tive de me virar estudando na bela pracinha em frente à universidade mesmo. Deve ser ali que a turma da Sorbonne mata aula para jogar truco.

Em frente à Sorbonne fechada


Estudando na pracinha do truco


Panteão

Impossível não fazer uma comparação com o irmão mais famoso, o panteão de Roma. Esse aqui, de 1790, não chega nem perto da idade do outro, que tem mais de 2.000 anos e está intacto. Também não impressiona tanto, porque o de Roma surge imenso e imponente no meio de vários bequinhos. O francês fez o caminho inverso do outro: começou como igreja e se transformou em panteão, abrigando os túmulos dos melhores e maiores da França. Estão sepultados aqui Voltaire, Rousseau, Victor Hugo, Jean Moulin e outros.

O Panteão abre todos os dias às 10h e fecha às 18h30 (de outubro a março fecha mais cedo, às 18h). É pago, mas adivinhe só: o PMP isenta!

Musée de Cluny

O nome hoje é Musée National du Moyen Age, mas ainda é mais conhecido como Musée de Cluny. Abriga uma bela coleção de arte medieval, com tapeçarias, entalhes, vitrais, esculturas. Mas a principal atração do museu são suas ruínas galo-romanas. Também não fomos lá, porque se você se empolgar e for a todo museu um pouco interessante de Paris, você precisa de um visto para mais de 90 dias. O Cluny fecha ás terças, abrindo nos outros dias de 9h15 às 17h45. Também é contemplado pelo PMP. Visite o SITE do museu.


...
E esses foram dois dos mais charmosos bairros de Paris: o St-Germain-des-Prés e o Quartier Latin. O próximo é o cativante Luxembourg.

Au revoir!





sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Île St. Louis / Île de la Cité

São como o marco zero da cidade. Paris já se resumiu às ilhas. Ficam onde, no MAPA, está assinalada a catedral de Notre Dame, no meio do Sena, entre os arr. 4 e 5. São bem pequenas e é bastante fácil passear por elas. Nós gastamos, uma manhã inteira ali. Comunicam-se com seus arredores (e entre si) por meio de pontes. Há várias ao longo de cada ilha e a que une as duas é a Pont St. Louis.


ÎLE ST. LOUIS
Pronuncia-se "íl'san luí"

Começando pela Île St. Louis, a menor delas, o que mais vale a pena é o passeio mesmo. É super agradável. De acordo com o mestre Ricardo Freire, nesse post aqui, o mais especial é que é uma ilha cercada de Paris por todos os lados. Possui lojinhas bem interessantes de artesanato, roupas, brechós. Algumas para procurar alguma coisa para você, outras apenas curiosidades, como uma loja enorme de marionetes que vimos por lá. Ok, a loja não era nada enorme, mas considerando que era uma loja de marionetes... fiquei me perguntando do que vive essa loja. Ou será que Paris é a Meca dos titeristas?

A enorme lojica de marionetes

A pequena ilha é um bom lugar para umas gulodices também. Estão ali duas sorveterias maravilhosas: a Berthillon, na rue St. Louis 31 e a Amorino, no número 47 da mesma rua. O mundo inteiro nos deu a dica da Berthillon. Mas a rede com o melhor sorvete de Paris, com várias lojas espalhadas pela cidade, simplesmente fecha as portas no mês de agosto. Pode? Aliás, é bom saber disso: não é só a Berthillon. Algumas lojas de pequeno porte fecham em agosto. É que agosto é o auge das férias de verão no hemisfério norte, e como Paris não é uma cidade lá muito turística, para onde ninguém viaja nas férias... eles acham por bem fechar algumas coisas por lá... Enfim. Mas também não é nada de mais. A única diferença que fez na nossa viagem inteira foi o episódio da Berthillon mesmo. Mas bem pertinho (até porque na St. Louis tudo é bem pertinho) estava a Amorino, onde tomamos deliciosos sorvetes em forma de flor! Uma outra dica de local para comer ali é o Le Flore en l’Isle. Um salão de chá, na beirada da Pont St. Louis (42, Quai d’Orleans). Aliás, essa Quai d'Orleans é recheada de cafés bacanas. Mas fica só a dica, porque eu não fui.



O dela era de Pistache du Bronti. O melhor que existe!

Outra coisa que se pode ver - não só nessa ilha, mas por toda Paris - são artistas de rua. A cidade está repleta deles. No metrô, nas pontes. Só que tem de tudo. Desde gente que te faz perguntar como eles ainda não estão famosos, até esse projeto de escocês que encontrei quando atravessava a ponte da St. Louis para a Île de La Cité, que parecia estar ainda no nível Iniciante I do conservatório da gaita de foles de Sorbonne. É só ver NESTE VÍDEO.


ÎLE DE LA CITÉ
Pronuncia-se "íl'delá citê"

Já a Île de La Cité, a irmã maior das duas (mas nem tão grande assim), é, como dizem, a própria história de Paris. Estão aí instaladas atrações como a antiquíssima e onipresente catedral de Notre Dame, a Cripta Arqueológica (escavações dos primórdios de Paris), a igreja de St. Chapelle e a Conciergerie (prisão da época da Revolução). Então vamos por partes:

Catedral de Notre-Dame

Toma conta do cenário das ilhas. É um verdadeiro monumento no meio de ilhas tão pequenas. Uma igreja de estilo gótico, belíssima. A visita já começa do lado de fora, admirando a magnitude da catedral numa das praças uma à frente e outra atrás (Square Jean XXIII ou Place du Parvis Notre Dame). Nessa última fica a entrada de turistas para a Catedral, e foi nela que encontramos um serviço de informação ao turista e compramos nosso Paris Museum Pass. Tem também uma estátua de Carlos Magno, imperador do rei dos francos que uniu os povos ocidentais e blá blá blá (ou bleus bleus bleus). Então tá!






À esquerda, Nós em frente à Notre-Dame.


À direita o grande salvador dos povos ocidentais. Valeu aí, tio!





Adentrando a igreja, começa-se pela nave central, enorme, impressionante. As laterais do altar também são muito bonitas. Mas, talvez devido ao excesso de turistas aqui e na Sacrè-Coeur, tenho de confessar que, igreja por igreja, me encantei mesmo foi com a St. Sulpice. A Notre-Dame tem também uma sala do tesouro lateral, onde se paga para entrar, e alega-se que ali está a coroa de espinhos de Cristo. Será? Não sei... não entrei.



À esquerda, a visão da nave central na entrada.



À direita, a visão da rosácea norte, do século XIII.
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Todavia, o que mais impressiona na Notre Dame não é a igreja em si, mas as suas torres. O tour pelas torres é cobrado, mas aqui, ao contrário da sala do tesouro, aceita-se o Paris Museum Pass. A entrada das torres fica na lateral da igreja, do lado voltado para o interior da ilha, mas só abre às 10h (enquanto a igreja abre às 7h45), o que faz com que se forme uma bela fila por ali. E foi justamente nesse ponto que eu descobri que não é só brasileiro que tenta dar jeitinho em tudo não. Tinha inglês, argentino, tcheco, russo, todo mundo tentando dar um tomé na fila. E os guardas tentando controlar só pioram a confusão. Infelizmente, essa fila e a da St. Chapelle são as únicas filas de que você não se livra com o PMP. E como se não bastasse, após o perrengue da fila, para chegar lá em cima você ainda tem que encarar incontáveis degraus pequenos, num espaço apertado e em espiral. 387!!! (Alguém contou, mas não fui eu). E haja perna! A Nanda, lá pro 87, começou a reclamar. E assim foi até estar de volta ao térreo... Mas vale a pena! Do alto das torres tem-se uma das mais belas vistas de Paris, com direito ao destaque da Torre Eiffel imponente no meio da cidade e à beleza da Sacrè-Coeur bem ao fundo. Ali você encontra também as famosas gárgulas (e se der sorte, dá pra ver até o Quasímodo escondido). O passeio termina com uma visita ao célebre e eterno sino Emanuel (!!!... pelo menos foi o que disseram por lá). Tem toda uma história sobre as famosas badaladas do sino e tal. E você vai adentrando a sala do sino e se emocionando em saber que está ouvindo as mesmas badaladas que circundaram a história de Napoleão, Robespierre, Victor Hugo, Luís XV, Maria Antonieta, d’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis. Daí entra na sala para ver o sino e.......... uai! O sino está parado? Que estranho... Mas de onde vêm as badaladas? Fiquei encafifado e... touché! Ali num cantinho descobri a artimanha dos fanfarrões: um aparelho de CD, ligado, “badalando”. Humpf! Nada como a modernidade para acabar com qualquer romantismo.

Para dar uma olhada no vídeo das gárgulas e na vista de Paris, clique AQUI. E para ver a pegadinha do sino, AQUI.


Acima, as gárgulas com Paris ao fundo. Detalhe para o Sena logo abaixo e a Tour Eiffel mostrando a sua imponência.
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À esquerda, parte dos malfadados 387 degraus. E parte da Nanda reclamando.

Algumas informações básicas para terminar a Notre-Dame: abre diariamente de 7h45 às 18h45. As torres funcionam de 10h às 19h30, mas no verão é de 9h30 às 19h30, ficando abertas até as 23h nos sábados e domingos. Para entrar na igreja não se paga, mas para as torres o ingresso é pago, entretanto você fica livre com o Paris Museum Pass (que não te isenta das filas aqui e na St. Chapelle). Celebram-se missas às 8h, 12h, 18h15 nos dias de semana; e 8h30, 10h, 11h30, 12h45 e 18h30 no domingo.

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Crypte Archéologique
Bem na já citada praça em frente à Notre-Dame (a Parvis du Notre-Dame), numa entrada que leva ao subterrâneo, encontra-se a Cripta Arqueológica, que são as escavações dos primórdios de Paris. Datam de mais ou menos 2.000 anos atrás, e eram habitadas pela tribo dos Parisii (entendeu agora o nome da cidade?). A entrada também é livre com o PMP, e esse é um belo exemplo de um lugar em que eu só entrei porque o tinha. Abre de terça a domingo, das 9h30 às 18h.

As escavações da cripta. A Paris de 2.000 anos atrás.


Conciergerie
Outro local interessante de se visitar na ilha é a Conciergerie, uma antiga e temida prisão francesa (só não mais mitológica que a Bastilha), onde ficaram presos e dali foram levados à guilhotina, por exemplo, Maria Antonieta, Robespierre e Danton. Além de ver o local, você ainda pode ver uma reconstituição macabra (ou nem tanto assim) que fizeram por lá de Maria Antonieta presa em sua cela. Além disso, o porteiro é uma figura. Não lembro qual sua nacionalidade, mas era de algum lugar no Caribe. Quando me viu com a camisa do Brasil começou a falar de Chico Buarque e Gilberto Gil, dizendo que eles já estiveram ali. A Conciergerie funciona diariamente de 9h30 às 18h, e o ingresso é pago (mas seu ingresso é combinado com o da St. Chapelle). Mas adivinhem: o PMP também isenta aqui, claro! E já adianto que só vale a pena com ele também.

Vai um brioche aí?

Outros lugares para se ver na Île de La Cité são o Palais de Justice, um conjunto de prédios muito bonito que abriga um complexo de tribunais (nem precisa entrar, é só ver mesmo); a Sainte Chapelle, uma das igrejas famosas da cidade, mas que acabamos não indo pela preguiça mesmo (o ingresso é pago, o PMP isenta do preço, mas não das filas); e a Pont Neuf, uma ponte bastante bonita que fica na pontinha da Île de la Cité, ligando-a às duas margens do Sena.


O Palais de Justice

Essas são as ilhas. Lindas, charmosas, repletas de história e agradáveis de se passear. Um ótimo lugar para começar seu tour parisiense com o pé direito. Logo, logo volto com informações sobre o St. Germain des Prés e o Quartier Latin.

Au revoir!



Para entender Paris

Bonsoir!

Antes de falar dos passeios e monumentos de Paris, acho válido dar uma destrinchada na geografia da cidade. Pois bem, Paris é dividida em 20 regiões, as quais eles chamam de arrondissements. São como bairros mesmo, mas os arrondissements (pronuncia-se arrondissimã) são a divisão oficial da cidade, numerados de 1 a 20. Entretanto, alguns bairros se espalham por mais de um arrondissement, bem como há regiões que abrigam mais de um bairro.

Então comecemos pela figura abaixo:


Assim se distribuem os bairros pela cidade-luz. Os números crescem mais ou menos em forma de caracol: quanto menor o número da região, mais central. No mapa acima estão também distribuídas algumas de suas principais atrações. O rio Sena divide a cidade em duas partes básicas: norte (a margem direita) e sul (a margem esqueeeeer....... DÁÁÁ!). Além disso, há ainda, bem no meio do Sena, duas pequenas ilhas, quase unidas, ali onde está marcada a Notre Dame. E há ainda as regiões mais afastadas do centro (facilmente acessadas por trem urbano ou metrô), onde também estão algumas boas atrações.
Ok! Aula dada! Assim, toda vez que for preciso ter uma noção da distribuição dos bairros, é só voltar aqui e dar uma espiadela no desenho acima.
Se quiserem estudar um mapa com mais detalhes, coloquei um AQUI. É só clicar no "aqui" e baixar. Não coloquei no post, porque ia ficar bem pesado.
Agora já podemos começar a explorar a cidade bairro por bairro, ou "a viagem propriamente dita"!

Paris Museum Pass





Essa é uma das maravilhas que fazem sua vida très plus facile em Paris! E olha que, apesar de parecer, este post não é patrocinado! Mas se o pessoal de lá quiser, a gente faz um negocinho.

Como assim? O que é isso?
O Paris Museum Pass é um passe turístico que, ao contrário do que diz o nome, vale não só para Museus como para praticamente todas as atrações parisienses.

Uai! Quanto custa?
Há três “módulos”. O passe para dois dias (35 euros), quatro dias (50 euros) e seis dias (65 euros). Mas atenção: os dias são consecutivos. Você escreve no seu passe o dia em que começar a usar e aí é só contar o número de dias para a frente (incluindo o do começo). É só achar o seu número.

Mas vale a pena?
Ô... se vale! Vale é muito a pena! Começa pelo fato de que o passe te isenta do pagamento de ingresso de praticamente todas as atrações de Paris. Estão no passe:
Museus como Louvre, d’Orsay, Rodin, Picasso, Centre Pompidou, Cluny, Quai Branly (dentre vários outros); Versailles; o Arco do Triunfo; a Conciergerie, a Cripta e a St. Chapelle; o tour da Notre-Dame; a Cite de La Musique, o Musée du Cinema e a Cite des Sciences et de l’Industrie; o Panteão; o Invalides. E algumas outras coisas menos conhecidas.

Tirando as atrações não pagas (como os parques, avenidas, as igrejas de Sacrè-Coeur e St. Sulpice e o Cemitério Père Lachaise), acho que entre as atrações mais requisitadas só não estão incluídas no passe as subidas às torres Eiffel, de La Defense e de Mont Parnasse, os passeios de Bateaux Mouche e a Disney (obviamente). O resto foi contemplado. Na minha viagem inteira, como eu não subi a Torre Eiffel, eu só paguei meu passeio de Bateaux Mouche. Mais nada. Só com os preços dos ingressos economizados o passe já valeu a pena de longe. Só Versailles são 15 euros, Pompidou 12, Louvre 9,5, Arco do Triunfo 9, Notre-Dame 8, d’Orsay também 8. Só essas básicas 6 atrações já são 61,5 euros; e dá para fazê-las em 4 dias. E podes crer, você vai usar muito mais.

E é só isso?
Nããããão!!! Além de economizar o preço dos ingressos o passe tem um "plus a mais". Em todas as suas atrações você FURA A FILA. Fenomenal, não é? Em locais como Arco do Triunfo e Versailles, famosos por suas filas, isso é uma mão na roda. No Louvre então... você tem até uma entrada separada. As únicas exceções para a furada de fila são nas igrejas de Notre-Dame (em seu tour pelas torres) e a de Sainte Chapelle. No resto é assim mesmo!

Mas é muita informação? Como saber tudo isso?
Aaaaaah.... o passe vem com um livretinho bacana, explicando como tudo funciona, quais atrações estão incluídas, onde se fura a fila. E de quebra ainda serve como um mini guia!

Tem algo mais?
Claro, se não eu não faria essa pergunta! Outras coisas super bacanas proporcionadas pelo passe são que você se aventura a entrar em lugares pouco conhecidos no mainstream parisiense, como o Quai Branly ou a Cripta Arqueológica. Lugares que você jamais pagaria para entrar, mas... olha só: já tá pago! Daí não custa dar uma pescoçada.
Outra coisa: entrou no Centre Pompidou e achou aquilo lá uma grande baboseira (como eu!)? Não paguei os 12 euros mesmo... vambora daqui.
E mais: apaixonou com o Arco do Triunfo e quer voltar? É só voltar, já tá pago! Quer dividir sua visita ao Louvre em 3, 4, 6 pedaços? Tout Droit! Já tá pago!

Putz! Preciso disso agora! Onde eu compro?
Arrá! Não disse? Em qualquer centro de informações turísticas da cidade você compra. Chamam-se Tourist Information Area. Recomendo já procurar assim que chegar a Paris. Nos aeroportos há esses centros identificados pela letrinha “i”. No Charles de Gaulle tem em todo e qualquer terminal. No Orly, só no terminal sul.

Mas eu vou de trem, ora bolas!
Também se encontram nas principais estações (como a Gare de Lyon, Gare du Nord, Gare Mont Parnasse), para quem chegar de trem.

Mas... e se não tiver?
Palma, palma... não priemos cânico. Se tiver acabado no Tourist Information Area da sua chegada, como aconteceu comigo, não se desespere. Próximo às principais atrações também há os centros de informações, como em frente à Notre-Dame, à Tour Eiffel. Eu comprei numa banquinha do serviço de informações ao turista na praça em frente à Notre-Dame, que foi a primeira atração a que fui (fora os Bateaux-Mouche e a Torre Eiffel, no dia da chegada, mas esses não estão no pacote). E o livretinho lá ainda veio em português!!!
E mais, você também pode comprar o PMP no guichê da maioria dos museus participantes. E mais ainda: também nas lojas Fnac. Só não pode deixar de comprar!
Eles também vendem online, mas daí tem taxa de entrega. Para de valer a pena. Não sei se nas Fnac brasileiras vendem, mas é só perguntar, cara-pálida!

Ufa... obrigado!
De rien! E não se esqueça de visitar o site do Paris Museum Pass (em inglês) para dar mais uma fuçada sobre essa maravilha do universo do turista em Paris. Lá explica com detalhe como funciona, quais atrações são abrangidas, onde comprar, etc.

Já, já começo a série de posts sobre os bairros, passeios e monumentos em Paris!
Au revoir!